Fotos: Marketest Mediamonitor
Há uma semana perdi a estreia de Família Superstar, a nova aposta da SIC na rentrée televisiva para reconquistar as audiências perdidas. Em termos de audiências, não foi famoso, mas também não foi um fracasso. Este domingo, porém, já vi o programa. Eu e mais um milhão de pessoas, que levaram o programa até ao terceiro lugar das audiências. Enfim, ainda não é um super resultado, mas já anima as hostes.
Para primeiro visionamento, e portanto ainda longe de uma avaliação definitiva, eis as conclusões que tirei:
1 - O programa é, até ao momento, uma segunda versão de Ídolos, que há três anos levou à SIC à liderança. Vive muito dos cromos, das emoções, dos sonhos de cada um, dos bastidores dos castings, das figuras tristes de quem pensa que sabe cantar e de algumas (poucas) grandes vozes que já se ouviram.
2 - Bárbara Guimarães está bem. Solta, espontânea. Sem rede, perde aquela pose que faz dela uma apresentadora muito presa ao teleponto.
3 - Gostei do júri. Não tão hard como o de Ídolos, mas exigente, sem medo de dizer verdades, discordando os jurados q.b. entre si. Clara de Sousa confirma todo o seu potencial. É uma das mais bonitas mulheres da televisão portuguesa.
4 - Nuno Eiró, ainda e sempre muito agarrado àqueles trejeitos herdados de muitos anos a ver Herman José, tem graça.
5 - Vanessa Oliveira irregular: boas as conversas na antecâmara das audições, tontas aquelas idas ao alentejo profundo de bicicleta. Texto sem nexo. Num dos sketches, é ela que "convence" um concorrente e o primo a irem a Lisboa aos ensaios. Na cena seguinte, os primos cantam (mal) mas são desclassificados porque não tem dez anos de diferença nas idades. Para o espectador, a culpa é de Vanessa: ela devia saber os regulamentos...
6 - Boa montagem: rápida, eficaz, com planos ousados, e música adequada, a dar ritmo e emoção aos sonhos.
Há três anos, Ídolos foi em crescendo até se tornar líder. Nos primeiros episódios também não liderou. Família Superstar, que durante os próximos domingos vai continuar a fase de "cromos", tem potencial para crescer. Em Outubro, quando começarem as galas em directo, vai ter mais emoção. Talvez os cinco minutos diários em horário nobre devessem crescer para sete ou oito, para potenciar de forma mais adequada o programa de domingo.
Para já é cedo para perceber no que pode dar. Além disso, a concorrência (TVI: Cantando e Dançando por uma boda de sonho, e RTP: Gato Fedorento e mais qualquer coisa...) ainda não arrancou ao domingo à noite. Mas pode ser este o programa que a SIC precisava para voltar a sorrir...
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