domingo, 9 de setembro de 2007

Porquê?

"Não sabia que eras dado a essas coisas dos blogs!", disse-me um amigo quando viu no meu MSN o endereço deste diário. Eu dei uma resposta rápida, seguida de gargalhada: "Nem eu!".


Eu explico (talvez este post devesse ter sido o segundo, mas só agora surgiu na minha cabeça...).


Os blogues são um bocadinho como a Coca Cola - primeiro estranha-se, depois entranha-se (sim, eu sei, a analogia não é muito original, mas enfim, foi a que se arranjou...). Há dois anos, eu não percebia o interesse de ter um blog. Há um ano e meio, comecei a olhar para eles, mas achei que nunca teria um.


Há um ano, ensaiei uma tímida entrada na blogosfera, com dois companheiros de profissão e de interesses. Mas a tentativa foi tão tímida que colocámos apenas um post e nunca mais entrámos lá (não é, Miguel? Não é, Paula?). Pela segunda vez, nesse momento, achei que nunca teria um blog. Porque não tenho tempo para alimentá-lo (e o pouco tempo que tenho livre deveria ser para fazer outras coisas mais saudáveis do que estar à frente do computador...).



Apesar da tentativa frustrada de me tornar um gajo moderno, os blogues passaram a ser parte integrante da minha vida. Quer do ponto de vista profissional, onde se sabem coisas, se apreendem dicas, se encontram "notícias", quer do ponto de vista pessoal e analítico.

Foi em férias (em Amesterdão, como já vos contei...) que me decidi. Ao que me dizem, a blogosfera é viciante. Os primeiros dois dias confirmam-no: já perdi tempo a adicionar links fundamentais, a fazer o downoload do contador estatístico de visitas ao blog (continua a zeros, meu deus...), e de meia em meia hora tenho uma ideia para postar. Será que é suficiente para o sucesso desta operação?

Continuo cheio de dúvidas. Acho que tenho coisas interessantes para dizer; gosto deste exerício de falar com alguém, sem que tenha esse alguém à vista; gosto de reflectir em voz alta. Mas tenho imensas dúvidas que tenha tempo para continuar a alimentá-lo assim, tão sofregadamente. E, sobretudo, porque me conheço bem, receio bem que, passada a fase do brinquedo novo, o deixe cair e ficar desarrumado num cantinho do computador.

Pelo sim, pelo não, enquanto me apetecer aqui estarei. Será por muito tempo? Por pouco tempo? Não sabemos. Nem eu, nem você. Olhe, como dizia o outro, vamo-nos encontrando por aqui. Se não aparecer durante muitos dias seguidos... já sabe. É que eu conheço-me muito bem...

Sem comentários: